Uns Quinze ou Nove

Quanto? Uns quinze ou nove!

quinta-feira, setembro 28, 2006

Vergonha é roubar!

Quase meia noite e estávamos reunidos para uma sessão de filmes. Na hora de colocar o DVD no aparelho pude perceber que se tratava de uma “cópia ilegal”. Todavia o pior estava por vir: a vinheta contra o uso de DVD pirata:


- Você rouba DVD das locadoras de vídeo ou das lojas? – Locutor.

- NÃO! – Respondemos em coro.

- Você assiste DVD pirata.

- SIM! – Mais uma vez o coro.

- Quem compra DVD pirata está fazendo o mesmo que quem rouba DVD.


E aquilo tudo conseguiu chamar a minha atenção... Pena que tenha sido de uma maneira inversa!
Logo pensei “serei eu realmente um ladrão?” e olhei ao meu redor e tornei a pensar “estou cercado de ladrões?”, concluí que aquilo não fazia muito sentido. Então pensei numa maneira de contornar essa situação e então surgiu uma vinheta em minha mente:


- Vocês têm isenções nos impostos? – Nós, os ladrões.

- SIM! – Os empresários em coro.

- Vocês ganham rios de dinheiros explorando os trabalhadores e somam quantias absurdas em suas contas bancárias, aumentando assim a má distribuição de renda no nosso país? – Nós, os ladrões idiotas.

- SIM! – Os pobres empresários preocupados com DVD pirata.

- Vocês vendem DVD mais barato para os pobres e miseráveis? – Mais uma vez os meliantes.

- NÃO! – Os nobres.

- É, realmente nós somos a corja desse país. Mas antes eu quero fazer uma denúncia: tenho um amigo, que mora em Brasília, que assistiu ao Dois Filhos de Francisco num avião de um fabricante europeu, a Airbus (Se precisava tanto de um avião, por que não comprou da Embraer?), sendo que o filme ainda estava em cartaz nos cinemas e nem se cogitava o lançamento de seu DVD. Ele também será preso?


Silêncio...
Mais silêncio...
Mais silêncio ainda!


Lembrem-se: pirataria é crime.

quarta-feira, setembro 27, 2006

Qual o papo esse domingo?

O circo nacional do dinheiro público no ar. Os palhaços mais parecem urubus voando sobre o país em estado de putrefação, mas o que torna tudo realmente preocupante é quando pensamos “o que farei no domingo?”.

Estamos a quatro dias do ápice democrático brasileiro, porém precisamos ser obrigados a pressionar os botões, estes deveriam ser procurados pela nossa sede democrática. Tamanha é a sujeira e a baixaria que até a integridade de um parente ou de um amigo nosso, que seja político, é contestável.

Regionalizando a situação, eu pergunto: quem assistiu o debate dos governadores do estado do Pará? Não parecia que estavam todos entorpecidos? Digo mais, não houve a ligeira impressão (ou nítida) de que eles não sabiam do que estavam falando? E quando tal candidato perguntou “O senhor não escreveu este livro?” e o outro respondeu “Não, eu não o escrevi!” então a conclusão “Ah, então deve ter sido outra pessoa”. Mas o que é isso? Sem contar as outras perguntas idiotas com respostas imbecis. Sem contar a falta de educação de outros, sempre gritando após o esgotamento do tempo de pronunciamento. Sem contar em outros que deixavam lacunas de silêncio entre cada palavra, o que me pareceu total falta de segurança no que se dizia. Sem contar os dez mil litros de óleo-de-peroba necessários para fingirem que não sabemos que dois opositores apóiam certo candidato com o nome sujíssimo na praça, que por sinal quer eleger-se deputado federal e, não duvidem, ele conseguirá!

Há esperança? Onde? Em quem? Ela quase se extinguiu e por pouco não fora exterminada por nossos líderes, porém ainda resta um pouco e é deste mínimo que precisamos para alimentar a nossa vontade de aniquilar a incompetência, o desperdício e a imoralidade.

Mas qual é o papo esse domingo?